02 março 2020

45 anos do F-5 na Força Aérea Brasileira

Caça ultrapassou a marca de 285 mil horas de voo na FAB



O Northrop F-5E Tiger II foi o segundo caça supersônico da FAB, o Mirage IIIEBR foi o primeiro.

Em outubro de 1974, durante o governo Geisel, a FAB encomendou à Northrop 42 caças F-5 (36 do modelo E, Tiger II e 6 do modelo B), ao preço na época de 72 milhões de dólares.



Em 28.2.1975 teve início, em Palmdale, a “Operação Tigre”, o traslado dos primeiros F-5 da FAB para o Brasil.

Em 12.3.75 chegaram os 3 primeiros F-5 ao Brasil, do modelo B, biplace de treinamento, na Base Aérea do Galeão.

Em 3.10.1975 chegaram à Base Aérea de Santa Cruz os 6 primeiros F-5E, que já estavam no Brasil, mas em Anápolis, aguardando o término das obras na pista da BASC.

Em 22.4.1976 atiraram pela primeima vez, oficialmente, contra alvos no solo, no aniversário do 1o. Grupo de Aviação de Caça.

O primeiro reabastecimento em voo ocorreu (e 1º no Brasil) ocorreu em 4.5.1976, por um C-130 da FAB.

Alguns dos F-5E foram entregues com plataformas de navegação inercial.


F-5B 4802 1º GpAvCa, SC, 22 abr 90 – Foto: Camazano

Vida operacional


Ao longo desses 45 anos, o F-5 participou de diversas missões para a segurança do País, a exemplo da Guerra das Malvinas, quando um bombardeiro inglês Vulcan foi interceptado quando se dirigia ao Rio de Janeiro em emergência.

Já na Copa do Mundo, em 2014, as aeronaves também foram utilizadas para a defesa do espaço aéreo e de pontos estratégicos nas cidades-sede.

Com a aposentadoria dos Mirage, em 2013, o F-5 passou a ser a principal aeronave para defesa aérea do espaço aéreo brasileiro. Para isso, os F-5 passaram por um processo de modernização, com início em 2006 e conclusão em 2013, que incluiu a troca do radar, dos sistemas de bordo e dos armamentos. A aeronave conta hoje com equipamentos como um sensor de mira acoplado ao capacete, que pode ser utilizado para guiar os mísseis com o movimento da cabeça do piloto.

Hoje, modernizados, os F-5 integram quatro esquadrões da FAB: o Pampa (1°/14° GAV), sediado em Canoas (RS); o Pacau (1°/4° GAV), sediado em Manaus (AM); o 1° Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), sediado em Santa Cruz (RJ) e o 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), sediado em Anápolis (GO).

F-5EM da FAB modernizado, com mísseis Rafael Python 4 para combate aproximado (WVR) e Derby, para engajamentos além do alcance visual (BVR)

Os dois primeiros F-5E do mundo voam na FAB


Northrop F-5E (Tail No. 11417). (U.S. Air Force photo)

O primeiro F-5E Tiger II construído pela Northrop voa com as cores da FAB. O F-5E de matrícula 11417 na USAF foi construído em 1972 e apresentado em junho daquele ano (foto acima) nas instalações de Hawthorne.

A aeronave seguiu para a Base Aérea de Edwards, onde realizou o seu primeiro voo no dia 11 de agosto, dando início ao programa de ensaios da aeronave.

Em 1988, a FAB adquiriu um lote de 22 caças F-5E usados da USAF (além de outos quatro F-5F). Estas aeronaves pertenciam aos esquadrões “Aggressors” baseados em Willians e Nellis.

As aeronaves estavam entre os F-5E mais antigos do mundo, sendo que 15 deles faziam parte do primeiro lote de 30 unidades produzido pela Northrop.

Um deles era exatamente o “1417”. No Brasil o “1417” recebeu a matrícula FAB 4856. Além dele, foi recebido também o segundo F-5E produzido pela Northrop (1418), matriculado como FAB 4857.

Northrop F-5E (Tail No. 11418). (U.S. Air Force photo)

O F-5E 11418 em voos de ensaio com casulo externo com canhão de 30mm e bombas LGB


F-5EM matrícula FAB 4856

FONTE: Poder Aéreo (1) (2)

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