Por LRCA Defense Consulting
Segundo o boletim Relatório Reservado informou hoje (06), a direção da Embraer e o próprio governo brasileiro estão irmanados em uma tour de force junto ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
Na área de Defesa, há informações de que a companhia, com o auxílio do Itamaraty, teria aberto conversações com autoridades colombianas para a venda dos caças que vão substituir 16 aeronaves Kfir da Força Aérea local. Em jogo, um negócio que pode chegar a US$ 3 bilhões.
A Embraer fala por si e pela sueca Saab, sua parceira. A operação envolveria o fornecimento dos aviões Gripen montados pela dupla em Gavião Peixoto (SP).
Ainda segundo o Relatório Reservado, a influência do governo Lula junto a Gustavo Petro, um de seus principais aliados na América Latina, é um trunfo importante da dobradinha Embraer/Saab. Trata-se de uma disputa comercial, mas, antes de tudo, uma concorrência de ordem geopolítica. Israel era um forte candidato ao negócio – o Kfir (“leãozinho” em hebraico) foi fabricado pela Israel Aircraft Industries. No entanto, a não ser que aconteça uma reviravolta, o país é carta fora do baralho.
Embora o Gripen brasileiro possua aviônicos fabricados por empresas brasileiras com capital israelense e as relações entre Colômbia e Israel estejam rompidas desde maio passado, esta Consultoria (LRCA) acredita que isso não seja motivo para que nenhuma das duas partes coloque obstáculos no negócio.
Israel, além de ser um país pragmático em suas vendas de Defesa, tem interesse em manter as profundas relações com o Brasil nessa área. Apenas como exemplos, o nosso País está em processo de aquisição de 36 obuseiros autopropulsados sobre rodas ATMOS 155 mm da israelense Elbit Systems, vencedora da licitação internacional realizada. A Elbit Systems também intermedeia a venda de blindados brasileiros Guarani para o exterior, colocando torres e uma série de subsistemas da empresa; recentemente, a empresa israelense Rafael Advanced Defense Systems forneceu ao Brasil um lote de 100 mísseis anticarro Spike.
A Colômbia, apesar dos problemas com Israel, teria todo o interesse nos modernos e avançados caças Gripen da Saab/Embraer, haja vista que seriam produzidos em um país vizinho e com governo ideologicamente alinhado, com todas as facilidades logísticas que essa proximidade física significa. Caso contrário, só lhe restaria apelar para as distantes e complicadas China e Rússia (e, talvez, Coreia do Sul), já que, por uma questão ideológica, dificilmente se inclinaria por aeronaves americanas, como o badalado F-16, ou europeias, como o Rafale e o Eurofighter Typhoon.
FONTE: LRCA Defense Consulting
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