13 agosto 2022

EUA devem aposentar os A-29 Super Tucano e AT-6 Wolverine

Aeronaves de ataque leve Super Tucano e Wolverine serão substituídas pelo Air Tractor AT-802U


A-29 Super Tucano tem uma frota de apenas três unidades em serviço nos EUA - Divulgação

Por André Magalhães

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) poderá se desfazer de seus dois modelos de caças de ataque leve, o norte-americano AT-6E Wolverine e o brasileiro A-29 Super Tucano. A intenção é operar apenas a versão militarizada do Air Tractor, o AT-802U Sky Warden. O modelo oferece menores custos operacionais, além de exigir pouco ou nenhum suporte em solo.

De acordo com a revista Air Force Magazine, o Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos (SOCOM), declarou que os aviões devem ser declarados excedentes de defesa, podendo ser colocados a venda no mercado internacional.

AT-802U Sky Warden - Divulgação

"[os aviões] provavelmente acabarão sendo declarados artigos de defesa em excesso, e procuraremos outros parceiros de missão que possam querer pegá-los”, disse Edward Stanhouse, vice-diretor executivo do programa de inteligência, vigilância, reconhecimento e forças de operações especiais.

A USAF tem uma pequena frota das aeronaves A-29 e AT-6, com apenas três unidades de cada modelo. O Super Tucano foi utilizado pelo SOCOM durante uma fase de consultoria externa, já o Wolverine foi empregado em voos experimentais visando encontrar um vetor de ataque leve.

O programa que irá investir na aviação de ataque leve já existe, trata-se do Armed Overwatch — que visa a aquisição de até 75 aeronaves de asa fixa para serem operadas em locais austeros, com pouca logística de suporte e elevada capacidade de operar de forma isolada.

Apesar de possivelmente ser retirado de serviço nos EUA, o A-29 Super Tucano ainda é um sucesso internacional, mais de 15 forças aéreas utilizam o avião brasileiro, incluindo o Chile, Colômbia, Equador, Nigéria, Indonésia e Filipinas. Já o concorrente AT-6 Wolverine foi adquirido recentemente pela Tailândia.

No caso da força aérea dos Estados Unidos, as missões de ataque leve são bastante restritas, em geral empregando drones.

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