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31 julho 2021

FAB realiza voo de Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) via satélite

As decolagens ocorrem na Serra do Cachimbo, em Novo Progresso (PA), com controle e coordenação tática, de forma remota, de Brasília (DF)


ARP RQ-900

Pilotada por satélite. É assim que a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), de modelo RQ-900, da Força Aérea Brasileira (FAB), contribui com imagens exclusivas e, em tempo real, na Operação Samaúma. As decolagens ocorrem do Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), localizado na Serra do Cachimbo, em Novo Progresso (PA), com controle e coordenação tática, de forma remota, do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF).

De acordo com o Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, Major-Brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, a atividade tem caráter de inteligência e é essencial para a entrega de informação em tempo real. “A ARP tem capacidade de imagear, descobrir e fotografar pontos de desmatamento na Amazônia. E, de Brasília, militares de inteligência do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira analisam o conteúdo captado, inclusive, com recurso termal, dando suporte à Operação e aos Comandos Conjuntos e às agências reguladoras e de fiscalização. O sistema aumenta muito o ganho operacional das capacidades da aviação de Reconhecimento da FAB”, explica o Oficial-General.


Utilizando sensores, a antena não aponta mais diretamente para a aeronave, mas, sim, para o satélite, que faz a ponte com a ARP. Anteriormente, o voo era feito somente por meio de uma antena que fica no solo, exigindo uma linha de visada com a plataforma. Ou seja, trazia algumas limitações de distância para a operação da aeronave, pois, à medida que a distância entre a ARP e a estação de solo aumenta, a aeronave começa a ficar abaixo do horizonte, interrompendo a linha de visada.

Operação Samaúma



A FAB, juntamente com as Agências reguladoras e de fiscalização, atua em pontos de interesse levantados pelo Comando Conjunto Norte (Belém), Comando Conjunto Centro-Oeste (Campo Grande) e Comando Conjunto Amazônia (Manaus), de modo que, em tempo real, equipes no terreno possam verificar eventual irregularidade.

Apesar do apoio operacional dado pela Força Aérea, quem realiza as apreensões, prisões ou emite multas são as entidades policiais que englobam a Operação, como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar do estado de Rondônia (PMRO). Além da PF e da PMRO, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) também participam ativamente das ações de prevenção e repressão dentro da Operação.

A FAB está atuando na Operação Samaúma, que foi deflagrada pelo Governo Federal, representado pelo Ministério da Defesa, para combater o desmatamento ilegal e os incêndios florestais nas terras indígenas e nas unidades federais de conservação ambiental, na região norte do País. A Operação é um esforço conjunto das Forças Armadas, órgãos e entidades de proteção ambiental, além de agências e instituições policiais. Na missão, a FAB é responsável por dar todo o suporte de inteligência, vigilância e reconhecimento, no fornecimento de imagens aéreas, por meio do emprego das aeronaves RQ-900, P-3AM Orion, R-99, A-1 e H-60L Black Hawk.


FONTE: Força Aérea Brasileira, via Poder Aéreo

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