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03 outubro 2021

Brasil é aceito como membro da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN)

O centro, que fica em Genebra, na Suíça, aceitou o Brasil como membro associado. A demanda foi pleiteada pelo MCTI e será estratégica para a ciência, tecnologia e inovações no país



Uma adesão pleiteada pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, foi atendida nesta sexta-feira (24/09). O Brasil agora faz parte da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), que opera o mais potente acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC). O conselho da organização aceitou o país como membro associado. Em junho de 2019, o ministro Marcos Pontes, em visita às instalações do centro, em Genebra na Suíça, reafirmou a disposição do Brasil em ser associado à instituição. Em agosto deste ano, Pontes e uma comitiva do ministério, estiveram no CERN para se reunir com diretores e reforçar o pedido de adesão do Brasil à organização.

Em agosto, durante o webinário “Associação do Brasil ao CERN: oportunidades e desafios”, realizado em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o ministro Marcos Pontes destacou a importância para o Brasil da participação no centro. “O Brasil tem aguardado desde 2009 a concretização desse sonho da comunidade científica, do setor produtivo e da educação do país. É um sonho antigo que vamos efetivar agora. O país precisa ser efetivado como membro associado ao CERN”

Durante o programa Bate-Papo Ciência e Tecnologia no Dia a Dia no dia 17 de agosto, onde foi debatida a participação do Brasil no CERN, o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, Ronald Cintra Shellard, explicou a importância desta iniciativa para a ciência nacional. “Antes tarde do que nunca. Eu acho que a iniciativa que o ministro está tomando é absolutamente essencial. Eu converso com as pessoas na rua sobre essas coisas e acho que todo cidadão brasileiro vai ver isso como sendo um grande passo para o nosso país”.

Entre os benefícios da participação do Brasil na organização estão oportunidades para a indústria nacional, a cooperação com o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro, que faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social supervisionada pelo MCTI, transferência de conhecimento e popularização e difusão da ciência.

CERN


A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) é um dos maiores e mais avançados centros de pesquisa do mundo. Voltado para a pesquisa em física de altas energias, a instituição opera o mais potente acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC). O CERN conta com 23 países membros e, desde 2010, estendeu a possibilidade de países não europeus se tornarem membros associados. Mais de cem cientistas brasileiros usaram as instalações do CERN em 2019.

Foto: Daniel Marques (ASCOM/SEAPC/MCTI)
FONTE: MCTI

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