17 fevereiro 2020

Exército planeja Guarani 2.0

Parte da linha de montagem da Iveco Veículos de Defesa em Sete Lagoas-MG

O Exército Brasileiro está concluindo uma série de estudos com o objetivo de desenvolver possíveis melhorias para suas viaturas blindadas VBTP-MSR Guarani 6x6. Não foi especificado se os estudos de atualização incluíam mobilidade do veículo, capacidade de comando e controle, sobrevivência, poder de fogo ou habitabilidade. O Exército Brasileiro deve receber um total de 1.580 viaturas Guarani 6x6 como parte do Programa Estratégico Guarani, que teve início em 2007 no Escritório de Projetos do DCT no Rio de Janeiro.

O Exército Brasileiro está concluindo uma série de estudos com o objetivo de desenvolver possíveis melhorias para suas viaturas blindados VBTP-MSR Guarani 6x6 que fazem parte do programa de fabricação e aquisição de blindados mais ambicioso da história do continente sul-americano.

Os estudos estão sendo realizados por pessoal dos setores técnico, administrativo, operacional e financeiro do Exército Brasileiro, e devem considerar não apenas possíveis atualizações nos vários subsistemas que compõem essas viaturas, mas também a possibilidade de incluir tecnologias e sistemas completamente novos.

No momento, pouco se sabe sobre esse programa de aprimoramento, uma vez que o Exército Brasileiro não especificou se os estudos de atualização incluíam mobilidade do veículo, capacidade de comando e controle, capacidade de sobrevivência, poder de fogo ou habitabilidade


O que se sabe é que o escopo do projeto será definido após a conclusão dos estudos e a tomada de decisão. O esforço, conhecido como projeto Guarani 2.0, é desenvolvido sob a égide do "Plano Estratégico do Exército 2020-2023".

O Exército Brasileiro deve receber um total de 1.580 viaturas Guarani 6x6 como parte do Programa Estratégico Guarani que comprou em 2016 para complementar 
as 203 plataformas solicitadas entre 2012 e 2015 à Iveco Veículos de Defesa. A viatura é fabricada na fábrica da empresa em Sete Lagoas, no estado de Minas Gerais.





Até agora, segundo fontes oficiais, foram recebidos 424 viaturas. Segundo a Iveco, entre 5 e 6 viaturas são produzidas mensalmente e cerca de 60 anualmente, um ritmo que lhes permitirá concluir as entregas antes de 2040.

O programa busca, entre outras coisas, transformar as Unidades de Infantaria Motorizada do Brasil em Unidades de Infantaria Mecanizada, além de servir para modernizar suas Unidades de Cavalaria, que agora estão sendo equipadas com esse 6x6.

O Guarani é o maior programa de aquisição e fabricação de 
blindados da história da América Latina, apenas comparável ao Cascavel ou Urutu. No total, esperava-se fabricar mais de 2.000 unidades, embora o valor final acordado em 2017 seja de 1.580 viaturas que servirão para substituir o Urutu e modernizar o Exército Brasileiro até 2035, com uma taxa de produção anual de 40 a 80 veículos.

VBTP-MSR Guarani 6X6 equipado com torre manual Platt - Foto: EB

Quanto às características técnicas, o Guarani possui um motor turbo diesel Iveco Cursor 9 de 383 cavalos de potência, transmissão ZF série 600 modelo HP602S automática de 6 velocidades, suspensão hidropneumática, tração 6x6 e peso total bruto inferior a 20 toneladas. As variantes planejadas são as seguintes:


  • VBTP (Transporte de Pessoal), das quais 723 unidades serão fabricadas e contará com uma torre manual Platt com uma metralhadora pesada 7,62 ou 12,7 mm.
  • VBTP (Transporte de Pessoal), com 275 unidades planejadas e uma estação de armas Ares Remax com uma metralhadora pesada 7,62 ou 12,7 mm.
  • VBCI (Combate de Infantaria), que pretende adquirir apenas 35 unidades e terá uma estação de armas Ares UT30BR armada com um canhão automático de 30 mm.
  • VBE/CP (Posto de Comando), dos quais 150 unidades serão fabricados.
  • VBE (Comunicações), 76 unidades.
  • VBE (Combate Morteiro), que adicionará 127 unidades e contará com um morteiro de 81 ou 120 mm.
  • VBTE (Ambulância), com 190 unidades.
  • VBE (Reconhecimento QBRN), do qual o Ministério da Defesa do Brasil deseja ter 4 unidades.

Além disso, a possibilidade de desenvolver outras variantes entre as quais: viatura socorro, lança-ponte, antiaérea, guerra-eletrônica, observador avançado de artilharia, engenharia, diretora de tiro, canhão de 105 ou 120 mm, mísseis anti-tanque.

Fotos: Iveco
Edição: Defesa Brasil Notícias

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