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29 novembro 2021

Mudanças nos caças Gripen E de série e diferenças entre as versões da FAB e da Força Aérea Sueca


Por Alexandre Galante

Com a divulgação das imagens dos primeiros caças Gripen E de série da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Força Aérea Sueca, muitos notaram mudanças sutis entre as aeronaves e em comparação com as aeronaves pré-série.

O Poder Aéreo apurou com a FAB as razões das mudanças e as respostas seguem abaixo.

A primeira mudança percebida ocorreu no nariz da aeronave, que no Gripen E de série é um pouco mais inclinado para baixo. A mudança ocorreu também nos exemplares destinados à Força Aérea Sueca.

Segundo a FAB, o radome foi ligeiramente modificado para melhorar a desempenho do radar. Por conta da modificação, o IRST (Infra-Red Search and Track), sistema de busca e rastreio por infravermelho, também obteve melhora na eficiência.

A outra mudança ocorreu nos pilones de mísseis das pontas das asas, que também abrigam as antenas do sistema de Guerra Eletrônica (EW). Os pilones no Gripen E brasileiro têm volume menor que os do Gripen E sueco.

Segundo a FAB, o sistema de EW do Gripen E brasileiro tem uma pequena diferença apenas no Sistema de Alerta Radar (RWR), que cobre bandas de frequência ligeiramente diferentes, por requisitos de ameaças diferentes.

Por exemplo, o sistema sueco foi projetado para enfrentar o sistema de defesa aérea russo S-400 e o novo caça Su-57, ameaças ainda inexistentes na América Latina.

O sistema por ser modular, pode ser modificado quando surgirem novas ameaças.

Observar a diferença do radome mais inclinado do Gripen E de série 4101 (acima, em captura de vídeo) e do pré-série 4100 em baixo (foto de Juliano Lisboa)


O trilho da ponta da asa do Gripen E 4100 e suas antenas do RWR (acima) e o Gripen E sueco abaixo


Quando o primeiro Gripen brasileiro voou, ele usava os trilhos das pontas das asas do modelo sueco. Posteriormente os trilhos foram modificados para a versão brasileira

Colaborou: Juliano Lisboa

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